segunda-feira, 27 de junho de 2011

Para acompanhar/amenizar o frio...

Taí minha maneira preferida para curtir o friozinho do RS... E não é por acaso que esta figura aí é o "papel de parede" do meu computador. Neste momento estou meio congelada. Aqui em Rio Grande (no extremo sul do Rio Grande do Sul), neste momento, segundo o site do Climatempo, está uma temperatura de aproximadamente 6°C, com ventos de 45 km/h e umidade relativa do ar a 81%... Ou seja, um frio de "renguiar cusco", como dizemos por essas bandas.
Enquanto sorvo meu amargo, resolvi pesquisar sobre as origens e hábitos dessa bebida tão tradicional dos gaúchos e achei interessante postar aqui.
Segundo o Wikipédia (um dos meus sites preferidos), a palavra 'CHIMARRÃO' vem do espanhol CIMARRÓN, que designa o gado ou planta que foi domesticada e retorna ao estado selvagem. O hábito dessa bebida foi herdado de culturas indígenas quíchuas, aimarás e guaranis.
É fato que todo bom gaúcho estabelece seu ritual diário do chimarrão... Ainda há pouco discutíamos o Anderson e eu sobre a posição do bico da garrafa térmica. Parece bobo, mas quem teu seu aparato próprio, sabe a maneira de servir e de beber que mais lhe agrada. Pois bem, eu gosto de usar a minha cuia, minha bomba e minha térmica... hehehe. Meio egoísta de minha parte, confesso, mas tudo isso é gravado com minhas iniciais e já tem as marcas do meu consumo.
Falei em cuia e bomba e não expliquei... O chimarrão é preparado numa "cuia": recipiente confeccionado com porongo (fruto da Lagenaria vulgaris); e sorvido com uma "bomba": funciona como se fosse um canudo que finaliza em um bulbo filtrador. Ainda utilizamos, e aí sim a protagonista, a famosa Erva-mate (Ilex paraguaiensis): um macerado das folhas e dos ramos mais finos do arbusto que dão um sabor todo especial à bebida.
E falando em erva, nisso também há um costume de quem prepara o mate. Há quem prefira uma marca específica, outros optam por usar as produzidas nos ervateiros e moídas na hora, outros, ainda, misturam marcas e tipos até obterem a textura e sabor que mais lhes agrada.
A água também tem papel importante, pois à temperatura inadequada pode queimar a erva-mate, deixando um amargor ecentuado ao paladar.
Aqui em casa bebemos chimarrão religiosamente todos os dias, com meus utensílios, água quase fervendo e erva-mate moída grossa.
No momento sorvo e escrevo, enquanto espero o Anderson terminar seus artesanatos até o momento de me acompanhar. Não esqueçam de que, se quiserem dar às visitas e amigos uma prova de hospitalidade, ofereçam-lhes um bom mate... se estiver friozinho, melhor ainda.
Agora me despeço com carinho, pois está quase na hora do almoço e a temperatura baixou mais ainda... Minhas pantufas, luvas e japona não estão sendo suficientes. Meu consolo é que a chaleira está chiando e meu "chimas" companheiro me dará outra rodada de conforto.
Até a próxima postagem!!!

MAS QUE FRIO, TCHÊ!!!